quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

.Quando já foi.

(Quando) não te sobram, nem mesmo, aqueles ais típicos de uma divagação explosiva/ pacífica.

(Quando) o que o tempo deveria preservar acaba pincelando em defeituosas projeções

(Quando) o que a gente nem conhece acaba se tornando um companheiro invisível de longas datas

(Quando) a paz interna não passa disso (causas?)

(Quando) o que era sol não faz questão de te iluminar, aquecer ou mesmo queimar

(Quando) a tempestade é mais dolorosa e faz perceber a solidão "sualheia"

(Quando) a percepção não faz, nem um pouco, o gênero de quem vive pensando no futuro, pois que o presente é o "quando de quando" futuro já foi. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Solidão acompanhada.

Meu cachorro tem adorado se esconder em cantos inimagináveis.
Acho que ele descobriu algum poder de cura via isolamento.
A solidão é bem intrínseca aos seres. Até faz bem quando se quer chegar ao grau 4 de instrospecção. Andava meio cansada do "só", mas a cura também vem acompanhada.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Responsabil(idade).

É tudo muito igual. Essa coisa de envelhecimento celular com comemorações, no fundo, não fazem muito sentido. O pressuposto é a felicitação por uma sobrevivência, isso mesmo, sobrevivência. É dar os votos por tal' pessoa ter ''driblado'' as suas aventuras de guilhotina. Bom, muito bom. A outra justificativa bonitinha é para amenizar a circunstância - mas é fofa - "você faz parte da minha vida, baby".
Será em uma terça-feira - acho que o tempo de lembrar é o tempo de esquecer.
E mais um ano se faz.
Em breve com botox, silicone, plásticas e Renew. (mentira).

domingo, 15 de junho de 2008

Sosaciedade.

" A sociedade deve ser entendida como produzida por ela mesma e não como reflexo, a decorrência de algo que esteja fora dela: Deus ou os valores, a economia ou o mercado."
(Touraine, 1975).

recente.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pow.cais pal. ha.verás.


O teatro com palavras já não se multiplica em fantasias. O "lado A e B" da comunicação escrita, que se fundem no sentido literal, confundem mentes e estagnam emoções.


Torço pela "dualidade multivariada" em que o alvo pessoal e cronológico possa se estender, subentender e entender com tendência às mais diversas aplicações e frequências de uso (produto).


Então, o usual não se discute - é o cotidiano consumado muito antes do princípio, ou seja, essas previsões tendem ao tédio de modo contínuo e petrificam o "homem-máquina de reprodução/série/cópia - conformunidade' "(interpretar de maneira mista).


Para completar , vou ser matafoutópica': haverá de nascer uma rosa na mais linda pedra - ou tendenciosarealista': haverá de cair uma pedra na mais linda rosa.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sem previsão de título


O título só se escreve depois de completo o texto. Mas o conteúdo é disperso e inacabado. Nem sempre é válido um título - apenas uma observação.

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Muda-se de tema como liberdade extra-corpórea.

A disposição de enxergar controla e sacia anseios (principalmente quando se trata do trânsito nas ruas e a longa demora no ar quente respirado por, em média, 60 pessoas espremidas) - postes + postes + cartazes ganham performances POP - conjunto de letras maiores evidenciam o caráter promotor da oferta, a procura é eficiente quando se trata de cartomantes, espíritas e videntes. O mercado está no auge para isso, as indústrias de futuro começaram, criticamente, com passos de Idade Média. Na contemporaneidade o futuro premeditado ganha cores e apresenta-se com um visual apelativo às mais diversas "classes" desesperadas. A espera é inimiga da conjunção - com o cartaz Pop a conjunção fica mais rígida e segura - dê um alô para o futuro antes que ele chegue.


Nada aqui foi irônico.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Macabéa por hoje.

Eu pensei em escrever todas aquelas coisas chatas que aparecem quando um turbilhão de água cai em precipício abaixo - assombroso.
Tive medo dos óculos escuros que petrificavam o olhar do rapaz no alto do Edifício Petrópolis - queria fugir daquele tempo que tive que esperar em sua frente. Em meio tempo senti vontade de muita coisa que antes tropeçava em mim mesma. Me senti bem por relembrar Clarice, questão de posse. Aquele arrastar de pesar e se dizer morta esperando renascimento são duas coisas que me remetem ao estático em mim. Quero dizer algo, não escancarar nada - não vale a pena uma queda tão brutal quando o que está em jogo é o silêncio.

" Você é feliz?
Feliz serve pra que?
Você não pensa no futuro não?
Por que você não paga uma cartomante?" (Clarice Lispector - A Hora da Estrela)