domingo, 23 de março de 2008

Com sem.

Ver, estar, ficar, permanecer, entrar em transe, contemplar...Ai, meus infinitivos. Tenho dado muita atenção ao fim (das palavras). Creio não estar contemplando o que não devo, apenas o que posso.
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Meu e-mail já constata a "segunda-feira" nesse exato momento. Eu quero mais tempo e ele me retira. Infinito deveriam ser esses fins de semana prolongados, principalmente quando há constância de rotina. Eu não costumo mudar - nem provocar alterações nas pessoas - talvez isso seja um efeito de baixas concentrações de potássio.
Aproveitei para respirar a cor de um novo ar, ver coisas estupidamente tranquilas, arrecadar "ois" de gente estranha, capturar os pensamentos de pessoas pacatas, acumular abraços da década de 40, estimular a década de 90 a tomar banho de chuva, me entregar ao pecado da gula, satisfazer a saudade e encarar verdades.
Um pouco mais de sol e a chuva vira minha lua.

domingo, 16 de março de 2008

Meu a(gosto).

Comendo uvas para me aproximar, ao certo, nem sei por qual caminho. Jogando se(mentes) - alguns abominam o gerúndio, mas ele me faz bem.

Não sei. Pode ser que nessas estradas longas e sem prazo eu me perca e ache algumas coisinhas amargas, quentes/frias ou coloridas, mas no fundo saborosas. O melhor de tudo é que o gosto real é sentido com os olhos bem fechados, dando espaços vagos para interpretações sutis, enfatizando a solução de continuidade da imaginação e permitindo ausentar-se do lugar real para se encontrar num patamar de introspecção sublime - sentindo o próprio gosto.

Vou continuar ausente, até meu eu cansar de me esperar.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Dias de mar(asmo)ço.




Cheguei cedo na universidade - nada, ninguém, mas ouvia Caetano.

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Acordei e como efeito cascata: lembrei de "Evaporar" , banho, café, saí, sol tinindo e ponto de ônibus - é nesse local que o dia começa...
Demora e espera, preferi andar para um ponto mais distante, assim o tempo passava mais rápido - pensei em pegar um filme mais tarde, pensei em cores excêntricas para um pássaro de estimação, pensei no próximo Natal, pensei na quinta-feira à noite e, por fim, na sexta-feira pela manhã - o tempo é covarde.
Essas coisas de contentamento são relativamente fúteis, por isso insisto em achar que cada dia passado é um cotidiano mal aproveitado - em alguns anos, vou abrir um caminho, plantar batatas, colher cenouras e na casinha mais/menos distante funcionará um cinema.

terça-feira, 11 de março de 2008

Colormida.

Mascando bolacha.
Extrato de maracujá no estômago.
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Até pensei em tomar aqueles antiácidos à base de magnésio, mas me afeta psicologicamente. Eu não nasci para via oral.

Um dia e coisas poucas - logo me dou conta que queria ser sinestésica. Linda mesmo é essa capacidade surreal - sabe, vou ali brincar de ter dom.

(mais uma vez me perdi).

sexta-feira, 7 de março de 2008

AZI.


Fanta geralmente dá AZIA.
Talvez nada além de FantASIA.

sábado, 1 de março de 2008

Éter...


Eu prezo por aqueles formatos que me aparecem na mente à noite quando deito. Não sei explicar essas luzes que ao mesmo tempo que ofuscam, permitem-me um conforto e uma passividade capaz de embalar um sono inocente.
É inerente a mim flutuar em pensamentos distantes...E neste momento, dou uma parte de tudo que me faz constante, e quero um pouco do que é efêmero, fugaz, passageiro...Só quero um ar com cor que dissipe tensões e com um cheiro permissivo de saudade.