Eu pensei em escrever todas aquelas coisas chatas que aparecem quando um turbilhão de água cai em precipício abaixo - assombroso.
Tive medo dos óculos escuros que petrificavam o olhar do rapaz no alto do Edifício Petrópolis - queria fugir daquele tempo que tive que esperar em sua frente. Em meio tempo senti vontade de muita coisa que antes tropeçava em mim mesma. Me senti bem por relembrar Clarice, questão de posse. Aquele arrastar de pesar e se dizer morta esperando renascimento são duas coisas que me remetem ao estático em mim. Quero dizer algo, não escancarar nada - não vale a pena uma queda tão brutal quando o que está em jogo é o silêncio.
" Você é feliz?
Feliz serve pra que?
Você não pensa no futuro não?
Por que você não paga uma cartomante?" (Clarice Lispector - A Hora da Estrela)