terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Calor faz calo.


Sinto calor. Minha pele cisma em derreter. Não sei o motivo (nem a ligação), mas as gotas d'água insistem em cair da torneira da cozinha nessas horas nostálgicas de incompreensão de terra, céu e ar (a água cai) - é uma contradição quase cinematográfica.
O jeito é abaixar e esperar que o ventila-dor' recupere meu ânimo (um sopro quase imperceptível - até o espanta-dor' cansa).Meu corpo está em combustão, justamente por estar em processo de queima, desgaste, não por usar o esforço físico, mas por andar descalça em terreno fértil de matéria orgânica : carboidratos, proteínas - até um tecidinho' adiposo vai nessa.
O que acaba equilibrando essa perda, neste intenso momento de desidratação, são as pessoas hidratantes que saciam, numa dosagem perfeita para minha fisiologia, a minha sede.

Ai, cansei de falar asneiras...É o sono que escreve em meu lugar (percebe-se pela forma de espiral que as linhas vêm ganhando).
Chega! Resta-me apenas dizer que hoje queria ser um filme de Almodóvar: cores excedentes, amores efusivos, calor ardente e algo intensamente emocionante. Assim o calor é um pouco de mim: inconveniente, chato e delirante (ou eu sou um pouco do calor).
Um beijo suado.

Nenhum comentário: