quarta-feira, 12 de março de 2008

Dias de mar(asmo)ço.




Cheguei cedo na universidade - nada, ninguém, mas ouvia Caetano.

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Acordei e como efeito cascata: lembrei de "Evaporar" , banho, café, saí, sol tinindo e ponto de ônibus - é nesse local que o dia começa...
Demora e espera, preferi andar para um ponto mais distante, assim o tempo passava mais rápido - pensei em pegar um filme mais tarde, pensei em cores excêntricas para um pássaro de estimação, pensei no próximo Natal, pensei na quinta-feira à noite e, por fim, na sexta-feira pela manhã - o tempo é covarde.
Essas coisas de contentamento são relativamente fúteis, por isso insisto em achar que cada dia passado é um cotidiano mal aproveitado - em alguns anos, vou abrir um caminho, plantar batatas, colher cenouras e na casinha mais/menos distante funcionará um cinema.

2 comentários:

Dom disse...

Perita com as palavras, malabarista com as metáforas. Dona Ohana, penso-a como uma melancólica dama do século dezenove, escondendo-se por trás do chapéu - menos por causa do sol do que por um pudor.

Seu costume de usar os parênteses não é por acaso. Você própria está envolta em parênteses. Não Ohana, não és desta realidade.

Dom disse...

"Tempestade ilusionista" é uma expressão competente para dizer de sua maestria com as palavras.

Raro uma enfermeira com tais dotes.